Policiais são investigados após agredir e prender suspeito,defensor e procurador em MT A Justiça absolveu os policiais militares que participaram da abordagem que resultou na prisão do defensor público André Rossignolo e do procurador do estado Daniel Gomes, em um bar na Praça Popular, em Cuiabá, em julho de 2024. Segundo a decisão desta terça-feira (9), os agentes agiram para manter a ordem pública, e não há provas que indiquem irregularidades na atuação deles. Os policiais eram investigados por suposta exclusão ou manipulação de arquivos do celular de um dos civis envolvidos, além de acusações de falsidade ideológica e abuso de autoridade. No entanto, o juiz afirmou que não existem provas técnicas ou documentos que confirmem essas acusações. A decisão aponta que o celular apreendido estava bloqueado por senha no momento da abordagem, o que impedia qualquer acesso aos arquivos. O Ministério Público não apresentou laudos, prints, ou qualquer evidência que comprovasse que houve exclusão de arquivos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp O processo também registra que houve tumulto no local, com resistência e agressões contra os policiais, conforme boletim de ocorrência e depoimentos de testemunhas. Segundo a sentença, os agentes usaram técnicas de contenção previstas na doutrina policial, sem indícios de excesso. Por isso, não ficou comprovada a prática de abuso de autoridade. Para que o crime seja configurado é necessário demonstrar que houve violação intencional da lei e objetivo específico de prejudicar alguém, o que não foi identificado. De acordo com o juiz, as prisões ocorreram devido à resistência dos envolvidos, e não por abuso. A Justiça destacou ainda que há “dúvida probatória nítida” no caso. Como o Ministério Público não apresentou provas suficientes para sustentar as acusações, prevaleceu o princípio da presunção de inocência. LEIA MAIS: Policiais são investigados após agredir e prender suspeito, defensor e procurador em abordagem em Cuiabá; vídeo Relembre o caso A abordagem aconteceu no dia 7 de julho de 2024 quando uma discussão se iniciou depois que um homem, que era perseguido pela polícia, invadiu o local e foi dominado pelos PMs. Quando estava sendo imobilizado no chão do bar, o homem reclamou de dor no braço e dificuldade pra respirar. O defensor público André Renato Robelo Rossignolo pediu para que os policiais garantissem a integridade física do suspeito e começou a gravar a ação. Um dos PM’s tomou o celular do defensor, que questionou a atitude e acabou sendo empurrado para trás pelo policial Joanisio sa Silva, que deu ordem de prisão ao defensor. O procurador do estado Daniel Gomes Soares de Sousa questionou a prisão e também foi preso. Os dois foram levados de camburão pra delegacia e quando teve o celular devolvido, o defensor constatou que a gravação foi excluída pelos policiais De acordo com a Promotoria de Justiça Criminal, as prisões do defensor público e do procurador do estado não foram feitas de acordo com a lei. Para o promotor Paulo Henrique Motta, os PM’s denunciados acusaram o defensor e o procurador por diversos delitos para dar conotação de legalidade aos excessos praticados. Justiça absolve policiais envolvidos em abordagem que terminou com prisão de defensor público e procurador em MT Reprodução
Justiça absolve policiais envolvidos em abordagem que terminou com prisão de defensor público e procurador em MT
Escrito em 10/12/2025
Policiais são investigados após agredir e prender suspeito,defensor e procurador em MT A Justiça absolveu os policiais militares que participaram da abordagem que resultou na prisão do defensor público André Rossignolo e do procurador do estado Daniel Gomes, em um bar na Praça Popular, em Cuiabá, em julho de 2024. Segundo a decisão desta terça-feira (9), os agentes agiram para manter a ordem pública, e não há provas que indiquem irregularidades na atuação deles. Os policiais eram investigados por suposta exclusão ou manipulação de arquivos do celular de um dos civis envolvidos, além de acusações de falsidade ideológica e abuso de autoridade. No entanto, o juiz afirmou que não existem provas técnicas ou documentos que confirmem essas acusações. A decisão aponta que o celular apreendido estava bloqueado por senha no momento da abordagem, o que impedia qualquer acesso aos arquivos. O Ministério Público não apresentou laudos, prints, ou qualquer evidência que comprovasse que houve exclusão de arquivos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp O processo também registra que houve tumulto no local, com resistência e agressões contra os policiais, conforme boletim de ocorrência e depoimentos de testemunhas. Segundo a sentença, os agentes usaram técnicas de contenção previstas na doutrina policial, sem indícios de excesso. Por isso, não ficou comprovada a prática de abuso de autoridade. Para que o crime seja configurado é necessário demonstrar que houve violação intencional da lei e objetivo específico de prejudicar alguém, o que não foi identificado. De acordo com o juiz, as prisões ocorreram devido à resistência dos envolvidos, e não por abuso. A Justiça destacou ainda que há “dúvida probatória nítida” no caso. Como o Ministério Público não apresentou provas suficientes para sustentar as acusações, prevaleceu o princípio da presunção de inocência. LEIA MAIS: Policiais são investigados após agredir e prender suspeito, defensor e procurador em abordagem em Cuiabá; vídeo Relembre o caso A abordagem aconteceu no dia 7 de julho de 2024 quando uma discussão se iniciou depois que um homem, que era perseguido pela polícia, invadiu o local e foi dominado pelos PMs. Quando estava sendo imobilizado no chão do bar, o homem reclamou de dor no braço e dificuldade pra respirar. O defensor público André Renato Robelo Rossignolo pediu para que os policiais garantissem a integridade física do suspeito e começou a gravar a ação. Um dos PM’s tomou o celular do defensor, que questionou a atitude e acabou sendo empurrado para trás pelo policial Joanisio sa Silva, que deu ordem de prisão ao defensor. O procurador do estado Daniel Gomes Soares de Sousa questionou a prisão e também foi preso. Os dois foram levados de camburão pra delegacia e quando teve o celular devolvido, o defensor constatou que a gravação foi excluída pelos policiais De acordo com a Promotoria de Justiça Criminal, as prisões do defensor público e do procurador do estado não foram feitas de acordo com a lei. Para o promotor Paulo Henrique Motta, os PM’s denunciados acusaram o defensor e o procurador por diversos delitos para dar conotação de legalidade aos excessos praticados. Justiça absolve policiais envolvidos em abordagem que terminou com prisão de defensor público e procurador em MT Reprodução

