Rossi celebra trajetória no Flamengo e se inspira em Fillol: "Estou vivendo o que é o Flamengo de verdade"

Escrito em 22/10/2025
Redação Flamengo - Jogo de Hoje

Goleiro argentino, destaque nas quartas da Libertadores, relembra compatriota que atuou pelo clube nos anos 1980: "Ele me disse que se arrependeu de ter saído do clube"



O goleiro Rossi foi protagonista na classificação do Flamengo para as semifinais da Libertadores, defendendo dois pênaltis decisivos contra o Estudiantes, na Argentina. Nesta quarta-feira, às 21h30, no Maracanã, o Rubro-Negro enfrenta o Racing, também da Argentina, pela vaga na final.

Com pouco mais de dois anos de clube, Rossi já conquistou a Copa do Brasil, a Supercopa do Brasil e um bicampeonato carioca. Em busca de novas glórias em 2025, o goleiro argentino se inspira em um ícone que também fez história no clube: Ubaldo Fillol.

Fillol, conhecido como "Pato", brilhou no futebol mundial durante a década de 1970 e início dos anos 1980, conquistando a Copa do Mundo de 1978. Ele chegou ao Flamengo em dezembro de 1983 para substituir Raul Plassmann e, apesar da identificação com a torcida, permaneceu pouco mais de um ano, participando de 71 jogos e conquistando Taça Guanabara e Taça Rio. Anos depois, admitiu arrependimento por ter deixado o clube tão cedo.

Após a saída de Fillol, o Flamengo passou 38 anos sem goleiro estrangeiro, até a chegada de Rossi em 2023. Na época da apresentação, o argentino destacou a emoção de seguir os passos de um dos maiores goleiros argentinos da história. Dois anos depois, com mais títulos no currículo, Rossi finalmente conheceu Fillol pessoalmente.

Passou muito tempo desde que ele (Fillol) esteve aqui. Agora que estou vivendo o que é o Flamengo de verdade. Quando cheguei aqui, ele me disse que se arrependia muito de ter saído do Flamengo naquela época. E o Flamengo já era grande. Eu não vivi aquela época, mas acho que hoje é maior ainda. É algo inexplicável estar aquiafirmou Rossi, após encontro no Ninho do Urubu, quando Fillol veio ao Rio como convidado da delegação do Racing para a Recopa Sul-Americana. O ex-goleiro presenteou Rossi com uma réplica da camisa que usou na Copa de 78.

Essa influência dos goleiros argentinos aqui há muito tempo não acontecia. Estar aqui me deixa muito feliz e contente, pela história do futebol brasileiro, do Flamengo e dos goleiros argentinos no Mengão. Me deixa feliz estar hoje cumprindo meu trabalho aqui, fazendo da melhor forma que eu gosto, que é dentro do campo. Contar com o apoio da torcida é algo muito importantecompletou.

Além de Rossi e Fillol, apenas mais dois argentinos passaram pelo gol do Flamengo: Eusébio Chamorro, contratado em 1953 e pouco utilizado, e Rogelio Domínguez, entre 1968 e 1969, que não teve destaque.

O amuleto e a inspiração de Fillol têm refletido no desempenho de Rossi. Pelo Flamengo, ele soma 130 jogos como titular, com 65 partidas sem sofrer gols — 50% de aproveitamento. Foram 89 gols sofridos, média de 0,68 por jogo. Na Libertadores, disputou 20 partidas e ficou intacto em 11, consolidando-se como peça-chave no estilo de jogo do clube, ao lado de Filipe Luís.

Rossi também se destaca pela atuação com os pés, participando da saída de bola e criando oportunidades. Na vitória sobre o Palmeiras, por exemplo, ele lançou Pedro, que acionou Arrascaeta, autor do gol de abertura. Além disso, o argentino se comunica constantemente com os companheiros e orienta estratégias junto ao treinador.

Agora, Rossi tem mais um desafio: eliminar o Racing e levar o Flamengo à final da Libertadores. O primeiro duelo será no Maracanã, com a decisão marcada para a Argentina, no dia 29.

Rossi no Flamengo:

  • 130 jogos (todos como titular)

  • 77 vitórias, 31 empates, 22 derrotas

  • 67,2% de aproveitamento

  • 89 gols sofridos (0,68 por jogo)

  • 65 jogos sem sofrer gol (50% das partidas)

✦ Fonte – Jogo de Hoje 360°


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